
É o mal de não ouvir conselhos de pais ou qualquer um que enxergue um pouco mais do que você. Porque me conheço bem, a teimosia que parece charme, na verdade, é a armadilha que vivo armando pra mim mesma. E para deixar tudo ainda mais perigoso e terrível, coloco petulância, arrogância e todos os outros sinônimos que dizem mais ou menos a mesma coisa. E que no final de tudo vira a minha mais pura e inocente estupidez de não ter sabido parar na hora certa.
Aí me vejo aqui gritando, esperneando como louca por ter feito tudo errado mais uma vez. E o chilique é aquele mesmo, igual ao de criança mimada que se joga no chão para reclamar seus direitos. Não tem reação tão eloqüente quanto essa. Tão legítima.
O pior ainda é ter a leve desconfiança de que da próxima vez vai ser apenas um pouco melhor – independentemente de ser com você ou não, mas duvido que vá ser diferente. A gente se repete, só uma lobotomia muito bem feita para desfazer tanta burrice emocional. Ou amorosa, como queira.
Vou começar a escrever o que não posso fazer de errado novamente e colar ao lado de onde já tem o resto das auto-ordens. Junto do “passar hidratante todos os dias” vou colar “não tentar resolver todos os problemas dele”. Ah, sim, “não vou querer saber aonde, como e com quem ele saiu”. Minha pele é bem hidratada, meus pés não racham porque me obedeço passando os cremes. Não posso esquecer de colar: “não tenha pena dele”. E nisso meu pai também tinha razão. Quem tem pena morre depenado.'
(Blog'redatoras de merda')
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