Pedaços Humanos

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Te esquecer

'Te esquecer é uma questão de costume. Associei o meu amor á sua voz me pedindo pra não ligar mais. E agora quando sinto vontade de te ver, a vontade de fugir é maior. E quando bate aquela carência de mulherzinha abandonada me olho no espelho e percebo que sou muito gostosinha pra fazer esse papel. E desde aquele dia eu resolvi destruir todas as pontes que me levavam até você. E hoje quando penso na gente, parece tudo tão distante que eu mal consigo lembrar que cor eram os teus olhos, embora ainda lembre da sensação de olhar pra eles. Esquecer é uma questão de aprender a desgostar. E você tem me ensinado a fazer isso do pior jeito possível. Do jeito eficiente. E isso dói ao mesmo tempo que alivia. É como se eu estivesse apanhando tanto que minha alma começa a ficar dormente até não sentir mais nada. É o meu jeito de me curar. Me destruir pra destruir o que tem de seu aqui. Depois eu me refaço só com coisas minhas. Porque no fim, a única coisa que vai apanhar até morrer nessa história é a minha paixão por você. E eu vou sair inteira, mesmo que com alguns pedaços a menos. Pedaços que nunca foram meus mas que carreguei por algum longo tempo. Pedaços seus. Pedaços nossos. Agora, lixo.'

(Maria Paula)

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Cada um na sua cadeira esperando o momento do pulo.

" Se implorar resolvesse, não me importaria. De joelhos, no milho, em espinhos, agachada. Uma loucura qualquer, se ajudasse, eu faria com o maior prazer. Do ridículo ao medo. Se chorar, se desse resultado, eu acabaria com a seca de qualquer Estado, de qualquer espírito. Mas amor não se pede, imagine só. É uma pena. É uma pena correr com pulinhos enganados de felicidade e levar uma rasteira. É uma pena ter o coração inchado de amar sozinha, olhos inchados de amar sozinha. Um semblante altista de quem constrói sozinho os sonhos. Mas você não pode, não, eu sei que dá vontade, mas não dá pra ligar pro desgraçado e dizer: ei, tô sofrendo aqui, vamos parar com essa estupidez e vir logo resolver meu problema? Mas amor, minha querida, não se pede, dá raiva, eu sei. Raiva dele ter tirado o gosto do mousse de chocolate que você amava tanto. Raiva dele fazer você comer cinco mousses de chocolate seguidos pra ver se em algum momento, o gosto volta. Raiva dele ter tirado as cores bonitas do mundo, a felicidade imensa em ver crianças sorrindo, a graça na bobeira de ver um cachorro querendo brincar. Mas não dá, nem de brincadeira, pra você ligar pro cara e dizer: ei, a vida é curta pra sofrer, para de graça! Porque amor, meu amor, não se pede, é triste, eu sei bem. São tristes as manhãs que prometem mais um dia sem ele, são tristes as noites que cumprem a promessa. É triste respirar sem sentir aquele cheiro que invade e você não olha de lado, aquele cheiro que acalma a busca. Tanto amor querendo fazer alguém feliz. Tanto amor querendo escrever uma história. É triste saber que falta alguma coisa e saber que não dá pra comprar, substituir, esquecer, implorar. É triste lembrar como eu ria com ele. Mas amor, você sabe, amor não se pede. Amor se declara: sabe de uma coisa? Ele sabe, ele sabe. "

( Retirado do blog de Mikaele Ephemeron)

domingo, 28 de novembro de 2010

crazy little thing called affection - Parte 2

" Eu acho que fica mais fácil se a gente separar em blocos de 10 anos. Dá tristeza porque *spoiler* serão 3 blocos e isso vai fazer parecer que eu tenho 40 em vez de 30 (ah, que alívio, SÓ 30). Mas é assim. De 10 em 10 anos, eu tenho um *grande afeto*.

Acontece que eu nunca tive muita paciência pra amor platônico. Fui lá e falei com ele – com toda sutileza que os 14 anos permitem. A.B. tava numas de aproveitar a vida e achava que não servíamos pra amizade colorida. Vivíamos juntos, mas ele sempre fazia questão de aparecer com alguém na minha frente.

E como a gente não tem o poder de fazer ninguém gostar da gente (tô nem falando de feitiço, tô falando da minha personalidade estragada mesmo), segui a vida. E posso dizer que, depois de um tempo, já nem doía mais ver A.B. com outras. Era segurando a minha mão que ele via sessão da tarde em dias de chuva. Entende? E eu tava feliz com isso.

Tive lá meus 28347569238745 casos, quebrei uns corações, quebrei a cara, quebrei copos nas cabeças das pessoas. Mas toda vez que *pensava* em sofrer, lembrava que amor mesmo era o que eu sentia por A.B. e isso estava em segurança. Ou seja: sofrer pelo fulano #8427 por quê? Era só mais uma forma de passatempo na minha vida.

Ficamos nessas idas e vindas que não são por sete fucking anos. Até o dia em que ele disse “acho que chegou a nossa hora”, mas saiu da festa com outra. Até hoje eu não sei o que aconteceu, nem quero saber. Mudei de cidade, de estado, de vida e passei 365 dias sem comunicação.

Mas o engraçado foi que eu não perdi o “amorômetro”. Sabe quando você pensa que gosta de alguém, aí compara: mas E SE fulano (A.B., neste caso) aparecesse agora e me pedisse pra ir com ele? Se a resposta fosse sim, eu sabia que a pessoa na minha frente não significava nada. E A.B. continuou sendo minha prova real no amorômetro.

Até o dia em que a gente finalmente se reencontrou. E foram hooooras de conversa, até que o platônico virasse real. O surreal foi que, pra mim, serviu de ponto final. Daquele momento em diante, a resposta não era mais sim no amorômetro quando a prova real era ele. Ele demorou um pouco mais pra desapegar, mas hoje somos bons amigos. Tem em algum lugar do meu diário, em fevereiro de 2000, que A.B. era tudo que eu esperava e muito mais. Mas o timing tava errado, a vibe tinha passado e que o que aconteceu foi o suficiente pra história ter um ponto final.

A razão pra tanta divagação é, provavelmente, culpa de uma noite dessas.

Porque, veja bem, se tem UM problema que eu não tenho, esse problema é insônia. Algumas crises de alergia perturbam meu sono, algumas idéias fixas me fazem acordar no meio da noite, cochilos infinitos no meio da tarde às vezes fazem com que eu leve uns 15 minutos pra começar a dormir. Mas noites em claro, dificuldades pra voltar a dormir, ser acordada por barulhos ou falta de sono não fazem parte da minha vida.

Mas dia desses eu não conseguia dormir. Consegui por poucas horas, mas a chuva me acordou. E o sono foi embora por muito tempo. Foi então que eu olhei pro lado e me perguntei: se A.B. por alguma razão cósmica me ligasse justamente agora e quisesse me tirar daqui, o que eu diria?

Deixei cair uma lagriminha solitária quando me dei conta de que a resposta seria não.

E é tudo o que eu vou falar sobre isso.


(Querido cupido – ou qualquer que seja a entidade responsável pelo so called love: por favor, não me faça sofrer por mais 10 anos. Serei velha, terei 40 e minhas esperanças terão acabado. Obrigada. Um beijinho.)"



(Retirado do blo' nopainnoagain')

crazy little thing called affection

" Eu me casei com um A.L. no maternal, porque ele conseguiu abrir minha garrafinha da lancheira da mulher maravilha, quando ninguém mais conseguia.

Eu fui noiva na festa junina da terceira série, de um S.O., meu namorado, porque ele disse que me amava e eu tive medo que ele tivesse uma crise de bronquite se eu dissesse que gostava mesmo era de C.E.. Eu e C.E. vivemos num romeuejulietismo bem ridículo pra duas crianças de 8 anos.

Eu disse não quando R.C. me pediu em namoro na sexta série, porque jurava que era mais um babaca tentando fazer piada com a minha falta de características femininas. O problema é que R.C. povoava todos os meus pensamentos e estava falando sério. Pediu transferência da escola dois dias depois. Nunca mais tive notícia e o infeliz tem um trilhão de homônimos. Jamais verei novamente.

Levei o fora mais delicado do universo na oitava série, quando J.P. pegou na minha mão, me levou até o cantinho da sala (no meio de uma aula de matemática) e disse que o negócio dele era vídeo game, mas queria poder continuar andando de bicicleta comigo nas quintas-feiras.

E depois disso, eu meique matei meu coração. Haja talento pra fazer tudo errado.

Foi no meio dessa crise existencial, que eu estava tendo enquanto descia a rua, que ouvi alguém gritando meu nome. Era A.B., dentro de um ônibus, desesperado pra acenar pra mim. E aí meu coração deu uma apontadinha marota pro meu cérebro, enquanto ria e dizia “hahaha, eu que mando”. Deste dia em diante, A.B. morou no meu coração por 8 anos."


( retirado do blog 'nopainnoagain')

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Por trás da vidraça

"Cá entre nós: fui eu quem sonhou que você sonhou comigo?
Ou teria sido o contrário?
Sonhei que você sonhava comigo. Mais tarde, talvez eu até ficasse confuso, sem saber ao certo se fui eu mesmo quem sonhou que você sonhava comigo, ou ao contrário, foi quem sabe você quem sonhou que eu sonhava com você. Não sei o que seria mais provável. Você sabe, nessa história de sonhos — falo o óbvio —, nunca há muita lógica nem coerência. Além disso, ainda que um de nós dois ou os dois tivéssemos realmente sonhado que um sonhava com o outro, também é pouco provável que falássemos sobre isso. Ou não? Sei que o que sei é que, sem nenhuma dúvida:
Sonhei que você sonhava comigo. Certo? Não, talvez não esteja nada certo. Também não era isso o que eu queria ou planejava dizer. Pelo menos, não desse jeito embaçado como uma vidraça durante a chuva. Por favor, apanhe aquele pequeno pedaço de feltro que fica sempre ali, ao lado dos discos. Agora limpe devagar a vidraça — quero dizer, o texto. Vá passando esse pedaço de feltro sobre o vidro, até ficar mais claro o que há por trás. Lago, edifício, montanha, outdoor, qualquer coisa. Certamente molhada, porque só quando chove as vidraças embaçam. Será? Não tenho certeza, mas o que quero dizer, disso estou certo, começa assim:
Sonhei que você sonhava comigo. Agora penso que é também provável que — se realmente fui mesmo eu a sonhar que você sonhou comigo; e não o contrário — eu não estivesse sonhando. Nada de sono, cama, olhos fechados. É possível que eu estivesse de olhos abertos no meio da rua, não na cama; durante o dia, não à noite — quando aconteceu isso que chamo de sonho. Embora saiba que — se foi dessa forma assim, digamos, consciente — então não seria correto chamá-la de sonho, essa imagem que aconteceu —, mas de imaginação ou invento até mesmo delírio, quem sabe alucinação. Mas não, não é isso o que quero contar, O que quero contar, sei muito bem e sem nenhuma hesitação, começa assim:
Sonhei que você sonhava comigo. Parece simples, mas me deixa inquieto. Cá entre nós, é um tanto atrevido supor a mim mesmo capaz de atravessar — mentalmente, dormindo ou acordado — todo esse espaço que nos separa e, de alguma forma que não compreendo, penetrar nessa região onde acontecem os seus sonhos para criar alguma situação onde, no fundo da sua mente, eu passasse a ter alguma espécie de existência. Não, não me atrevo. Então fico ainda mais confuso, porque também não sei se tudo isso não teria sido nem sonho, nem imaginação ou delírio, mas outra viagem chamada desejo. Verdade eu queria muito. Estou piorando as coisas, preciso ser mais claro. Começando de novo, quem sabe, começando agora:
Sonhei que você sonhava comigo. Depois que sonhei que você sonhava comigo, continuei sonhando que você acordava desse sonho de sonhar comigo — e era um sonho bonito, aquele —, está entendendo? Você acordava, eu não. Eu continuava sonhando, mas na continuação do meu sonho você tinha deixado de sonhar comigo. Você estava acordado, tentando adequar a imagem minha do sonho que você tinha acabado de sonhar à outra ou à soma de várias outras, que não sei se posso chamar de real, porque não foram sonhadas. Mas, se foi o contrário, então era eu, e não você, quem tentava essa adequação — nessa continuação de sonho em que ou eu ou você ou nós dois sonhamos um com o outro. Nos víamos? Quase consegui, agora. Preciso simplificar ainda mais, para começar de novo aqui:
Sonhei que você sonhava comigo. Depois, fiquei aflito. E quase certo de que isso não tinha acontecido. O que aconteceu, sim, é que foi você quem sonhou que eu sonhava com você. Mas não posso garantir nada. Sei que estou parado aqui, agora, pensando todas essas coisas. Como se estivesse — eu, não você — acordando um pouco assustado do bonito que foi ter tido aquele sonho em que você sonhava comigo. Tão breve. Mas tudo é muito longo, eu sei. Estou ficando cansativo? Cansado, também. Está bem, eu paro. Apanhe outra vez aquele pedaço de feltro: desembace, desembaço. Choveu demais, esfriou. Mas deve haver algum jeito exato de contar essa história que começa e não sei se termina ou continua assim:
Sonhei que você sonhava comigo. Ou foi o contrário? Seja como for, pouco importa: não me desperte, por favor, não te desperto."

Caio Fernando de Abreu

Pequeno verso

"Foi embora sem dizer adeus,
levou todos os sonhos meus
Sem ter dó nem piedade,
foi pura maldade de um ser que nunca soube amar."


(autor desconhecido)

O meu olhar

"O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de, vez em quando olhando para trás...

E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem... 

Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo... 

Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...

O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo... 

Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...

Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar..."


Alberto Caeiro

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Primeira pessoa

"Eu estou silêncio. Ando em profunda quietude. Desconstruindo os impossíveis, reaprendendo o possível. De poesia tenho o pão quentinho que alivia o cansaço do dia e me faz divagar que sempre há algo bom, pequeno ou grande. Eu estou ausência. Ando em profundo segredo. Permito-me a poucos. Eu estou resignação. Ando em profunda humildade. Aceito da vida a incerteza dos dias e respiro a esperança de amar sempre melhor daqui a alguns minutos. Eu estou repouso. Ando em profunda calmaria. Mergulhada lá no fundo da alma. Quieta, admiro os fatos surpreendendo-me sem sustos. Eu estou palavras. Ando em profundas citações. Coleciono aforismos e gargalho subjugando máximas. Troco de verdade todos os dias. Essa é a de hoje. Eu estou liberdade. Ando em profundo alívio. Experimento sabores e cores. Tenho companhia. Eu estou cumplicidade. Ando em profundo compartilhar. É carinho e seus sinônimos. Eu estou paciência. Ando em profunda espera. Vai passar. Caminho devagar. Estou voltando. Devagar, devagarzinho. Ando tão diminuitivo. Eu estou sentir. Ando emoções. Que se expandem, ganham proporções absurdas e depois se vão. Quase sempre sem saudades. Eu estou diferenças. Ando me desconhecendo. E me reconhecendo, principalmente. Eu estou saudades. É meu termômetro favorito. E eu me sei amor. Eu estou resiliência. Ando resoluções. E faço-me despedida. Assim seja."

( Retirado do blog 'euamaria')

Soluciona?

"Durante algum tempo fiz coisas antigas como chorar e sentir saudade da maneira mais humana possível: fiz coisas antigas e humanas como se elas me solucionassem. Não solucionaram"

Caio Fernando de Abreu

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Tenho feito..

"E, de qualquer forma, às cegas, às tontas, tenho feito o que acredito, do jeito talvez torto que sei fazer..."

C.F.A

Paixão

"Fico quieto. Primeiro que paixão deve ser coisa discreta, calada, centrada. Se você começa a espalhar aos sete ventos, crau, dá errado. Isso porque ao contar a gente tem a tendência a, digamos, "embonitar" a coisa, e portanto distanciar-se dela, apaixonando-se mais pelo supor-se apaixonado do que pelo objeto da paixão propriamente dito.
Quanto mais não-dita, melhor a paixão. Melhor, claro, em certo sentido que signifíca também o pior: as mais nobres paixões são também as mais cadelas, como aquelas que enlouqueceram Adele H., levaram Oscar Wilde para a prisão ou fizeram a divina Vera Fischer ser queimada feito Joana d'Arc por não ser uma funcionária pública exemplar."

Caio Fernando de Abreu

Perfeição.

"Não existe nada de mais esterilizante do que a perfeição de não se querer nada além do que está à nossa volta..."

Caio Fernando de Abreu

Amadurecimento

"Alguma coisa em mim - e pode-se chamar isso de "amadurecimento" ou "encaretamento" ou até mesmo "desilusão" ou "emburrecimento"-simplesmente andou, entendeu? Não sinto mais impulsos amorosos...."

Caio F de Abreu

Destruir antes que...

"Uma pressa, uma urgência. E uma compulsão horrível de quebrar imediatamente qualquer relação bonita que mal comece a acontecer. Destruir antes que cresça..."

Caio Fernando de Abreu

Parecia..

"A gente teve uma hora que parecia que ia dar certo. Ia dar, ia dar, sabe quando vai dar?"

Caio Fernando de Abreu

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Fraco

"Acho que sou bastante forte para sair de todas as situações em que entrei, embora tenha sido suficientemente fraco para entrar"

(Caio Fernando de Abreu)

Silêncio

"...minha voz vai querer dizer tanta mas tanta coisa, que eu vou ficar calada um tempo enorme só olhando você; sem dizer nada, só olhando e pensando:
Meu Deus... como você me dói de vez em quando!"

(Caio Fernando de Abreu)

Nunca espere

"Se passa por tanta coisa na vida. Algumas insignificantes, algumas nem tanto e outras que nos marcam profundamente. Essas normalmente com pessoas que nos cativaram realmente, como família, amigos e amores. Certas coisas poderiam ser evitadas com uma simples mudança de atitude se pensássemos um pouquinho no outro e não só em nós mesmos. Mas aí é que está o problema. Esperar do outro o que faríamos pode ser muito danoso e sempre é; porque as pessoas são diferentes; agem, pensam, sentem de diversas maneiras. Aquilo que você evitaria o outro talvez não. Aquilo que você faria o outro talvez não. Você pensaria no outro, o outro não. Você viveria pelo outro, mas ele não. Você morreria pelo outro, mas ele também não. Você amaria o outro do jeito que ele é, mas ele não. Você se doaria ao outro, mas ele não. E por final você sofreria pelo outro, mas ele... não.
Não espere nada de ninguém e espere tudo de alguém.
Ser feliz depende do modo como se enxerga a vida; depende do que se prioriza na vida. Ser feliz só depende de si."

(Betin)

Partida

"Quando partiu, levava as mãos no bolso, a cabeça erguida. Não olhava para trás, porque olhar para trás era uma maneira de ficar num pedaço qualquer para partir incompleto, ficado em meio para trás. Não olhava, pois, e, pois não ficava. Completo, partiu."

(Caio Fernando Abreu)

Pausa

'Fiquei ali parado, procurando alguma coisa que não estava nem esteve ou estaria jamais ali."

(C.F.A)

Esquecer sabendo

"...Só vou perguntar porque você se foi, se sabia que haveria uma distância, e que na distância a gente perde ou esquece tudo aquilo que construiu junto.
E esquece sabendo que está esquecendo... "

(Caio F de Abreu)

Tão cansada as vezes...

"Fico tão cansada às vezes, e digo pra mim mesma que está errado, que não é assim, que não é este o tempo, que não é este o lugar, que não é esta a vida. E fumo, e fico horas sem pensar absolutamente nada: (...)
Claro, é preciso julgar a si próprio com o máximo de rigidez, mas não sei se você concorda, as coisas por natureza já são tão duras para mim que não me acho no direito de endurecê-las ainda mais."

(Caio F de Abreu)

Nada


"Um milhão vezes zero é zero. Ou seja: não coloque sua intensidade onde não tem nada."

(Tati Bernardi)

A gente apaga.

"Deletei da minha vida tudo aquilo que não valeu a pena. Quem mentiu, quem teve inveja, quem usou máscaras. Deletei quem nunca chegou a saber exatamente quem eu sou. E foram tantas pessoas deletadas, que hoje não me fazem a menor falta! Hoje eu sei, meu coração é escrito a lápis, apago nomes, escrevo outros , apago e reescrevo quantas vezes eu quiser. Sempre achei que meu coração não falava comigo, que não me obedecia.. Quanta bobagem. A verdade é que eu escrevo sem perceber e apago sem querer. Sofrer não é desculpa de não controlar, é desculpa de não saber que pode apagar. Porque quando a gente quer, A GENTE APAGA."

Juro...

"Eu não sei o que é verdade ou mentira diante de uma vida inteira de ilusão."

Daniele P.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Sempre?

Acredite...


"...na metade do que vê, mas em nada do que escuta."

Deixa...


"Ás vezes você tem que deixar o que não pode viver sem."

Há pessoas e pessoas...


"Há pessoas que nos roubam, há pessoas que nos devolvem ..."

Motivos sim



"Não deixe que ele seja sua asa, no máximo um motivo para voar. Asas não nascem de novo, motivos sim."

Distância versus Saudade

"... mas quem pensa que a distância faz esquecer, esquece que a saudade faz lembrar."

.

" Eu te quero como meu ponto final. Tem como? "

O inesperado



“ Algumas vezes o esperado simplesmente perde importância comparado ao inesperado! “

Abraço



"Aquele abraço era o lado bom da vida, mas para valorizá-lo eu
precisava viver. E que irônico: pra viver eu precisava perdê-
lo..."

Amarelinha



" Li outro dia que amar é igual brincar de Amarelinha. Entre o Céu e o Inferno existem apenas alguns passos. "

...



"Machucar quem você ainda ama, machuca você."

Alguém me explica?

"O bom da vida é que quase tudo muda. E mudou. De um dia pro outro. Como se alguém lá de cima ouvisse o eterno "não aguento mais" e te desse de presente: olha, toma aí.... E o presente tinha nome. Tinha endereço. Tinha um cabelo bagunçado que putaquepariu! Que sorriso era aquele?.. Alguém me explica como uma mulher pode ficar muda só de ver um cara sorrir..."

( Coração na boca- aplicativo do facebook)

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Falsa consideração

"Agora eu sei que o amor que você prometeu
Não foi igual ao que você me deu.
Era mentira o que você jurou.
Mas não faz mal.
Eu aprendi que não se deve crer em tudo aquilo que alguém nos diz
num momento de prazer ou de amor.
Mas tudo bem, eu sei que um dia vai e outro vem;
Você ainda há de encontrar alguém para lhe fazer o que você me fez.
E ai, na hora do sufoco, sei você vai me procurar. Com a mesma conversa que um dia me fez apaixonar; por alguém de uma falsa consideração.
E ai você vai perceber que eu estou numa boa.
Que durante algum tempo fiquei sem ninguém.
Mas há males na vida que vem para o bem."

(Jorge Aragão)

Falhei

"Quando eu era criança, nós morávamos em um cômodo no centro da cidade, aquelas quitinetes e tal, privacidade 0. Sempre que eu queria me esconder do mundo, entrava no banheiro, ligava o chuveiro e ficava lá chorando ou conversando com as paredes. Era o mesmo prédio desde o meu primeiro ano de idade. Saímos de lá quando eu tinha 12 anos e lembro que no dia da mudança, entrei no banheiro, passei a mão nos azulejos e disse "Obrigada". E foi apenas uma palavra, mas era a minha forma de dizer "muito obrigada por terem me ouvido esses anos todos, por serem as testemunhas silenciosas de tudo que eu passei". Sei que tinha dias de simplesmente eu entrar no banheiro e chorar de soluçar. E lembrei disso hoje, porque justo hoje, após tanto tempo, eis me aqui acuada em um canto, chorando o mundo e soluçando. Aquele choro espaçado. Barulhento. Típico de quando se é criança e ainda não se aprendeu a controlar as emoções. Ou típico de quando se é adulto e o desespero bate. Aquele choro que te dá vergonha se alguém escutar. E você reza para que ninguém te escute. E se te perguntarem "mas por quê você está chorando?". Por tudo e por nada. Acaba sendo o combo todo da sua vida que nunca deu certo, quando em vários momentos algum filho da puta te diz sorrindo "calma que tudo vai dar certo". E lá se vão 27 anos esperando isso, acaba sendo um mito como o papai noel. Tudo dar certo = grande ilusão da vida. É tanta coisa, que no final das contas não se acha um motivo para as lágrimas, acaba sendo por nada. E então me falam "volta pro Rio". E claro que eu quero voltar para o Rio. Da mesma forma que eu quero ver um show do Radiohead e comer um bolinho de bacalhau no Lamas. Só que nada disso vai fazer desaparecer todos os "nãos" que a vida diz. Sempre pensei que as ações aconteciam por motivação. Você sai de um lado da rua e vai para outro porque há um motivo. Encontrou alguém, está fugindo do sol, é por ali o caminho etc. Penso que viver também é isso. Por quê você vive, Patricia? Silencio. No hay banda. Nem deveria me explicar, já que ninguém entende nada mesmo, mas total não é papo de suicida. A questão é motivos para viver. Não tenho nenhum."

(Retirado do blog 'teamoporra')

domingo, 31 de outubro de 2010

Tempo

Deu trabalho limpar a sujeira.
Não importa o quanto limpasse, continuaria sujo.
Todos os espelhos estavam quebrados, mas assustava ver que os cacos continuavam refletidos no chão.
A visão mais real vindoura de quem melhor me conhecia: eu mesma.
Olhos vermelhos de dor, voz rouca de clamar ajuda de quem melhor poderia ajudar. Mas não estava a disposição. Nunca tinha certeza de resposta.
Não sabia telefones decorados nem tinha na agenda algum repetido diariamente. Nada de certezas. Apenas a de que estava rodeada por vários "irmãos" e isso deveria bastar.
Não conseguia ter companhia. Estava bem só. Mas me sentia tão só...

( Retirado do blog: " aartedonadadizer")

O amor.

"O amor não acaba. O amor apenas sai do centro das nossas atenções. O tempo desenvolve nossas defesas, nos oferece outras possibilidades e a gente avança porque é da natureza humana avançar. Não é o sentimento que se esgota, somos nós que ficamos esgotados de sofrer, ...ou esgotados de esperar, ou esgotados da mesmice. Paixão termina, amor não. Amor é aquilo que a gente deixa ocupar todos os nossos espaços, enquanto for bem-vindo, e que transferimos para o quartinho dos fundos quando não funciona mais, mas que nunca expulsamos definitivamente de casa..."

( Martha Medeiros)

domingo, 17 de outubro de 2010

A despedida do amor

Existem duas dores de amor:

A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão embrulhados na dor que não conseguimos ver luz no fim do túnel.

A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.
A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado. Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também...

Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém. É que, sem se darem conta, não querem se desprender. Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir, lembrança de uma época bonita que foi vivida... Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual a gente se apega. Faz parte de nós. Queremos, lógicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente, e que só com muito esforço é possível alforriar.

É uma dor mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais do que a "dor-de-cotovelo" propriamente dita. É uma dor que nos confunde. Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: "Eu amo, logo existo".

Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente...

E só então a gente poderá amar, de novo.


Martha medeiros

terça-feira, 5 de outubro de 2010

O milagre

"Há quem diga que não tem cura. Eu duvido. Duvido, quando tanto em nós já foi curado. Duvido, quando foi o improvável que nos descortinou os olhos, quando foi a tristeza que nos ensinou a alegria. O custo é alto - dói - mas liberta. A gente aprende não exatamente a desprezar outras bobagens coisas, mas a dar a elas apenas o tamanho e o espaço que merecem. Deem-nos licença os disparates, temos mais a viver. Temos pressa em viver. Sinto um pouco de pena dos que se fazem sofrer por nada, sinto um pouco de alegria por, mesmo em lágrimas, viver a cura. A vida anda toda intensa. E preenchida por milagres. Milagre mesmo é o amor. É o perdão, é a generosidade. O câncer cura. E nos salva de nós mesmos. Por isso, duvido. Recuso-me a desesperança. E tem sido bom viver assim. De novo a vida reaviva o que realmente importa e nos chama (rápido!), não há vida a perder."

( Retirado do Blog 'euamaria')

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Porque os homens amam as mulheres poderosas?



As mulheres que enlouquecem os homens nem sempre são excepcionais. Em geral, são aquelas que dão a impressão de não se importar muito.

Isso não tem nada a ver com joguinhos de conquista. Trata-se de ser muito carente ou de gostar da própria companhia e demonstrar que, de certa forma, você se basta. O que aconteceria se você o deixasse perceber que está disposta a dar tudo de si, desde o primeiro dia? Ele acharia que você está desesperada e começaria a testá-la. Isso faz parte da natureza humana. E quanto mais você cedesse, mais ele exigiria. Em pouco tempo, ele a veria como um produto do qual poderá tirar o máximo proveito: “Até onde ela vai? Quanto conseguirei extrair dela?” As garotas boazinhas precisam aprender algo que as mulheres poderosas já sabem. As concessões excessivas e a ânsia de agradar diminuem o respeito que o homem tem pela mulher e acabam com a atração que inicialmente os aproximou. Os homens, em geral, não se sentem desafiados quando se vêem diante de uma mulher que não mede sacrifícios para conquistá-los. Elas não oferecem o desafio mental que os homens procuram. Por outro lado, as mulheres erram ao imaginar que, se tiverem doutorado, se souberem defender suas idéias em uma discussão sobre política internacional ou se entenderem de investimentos, serão naturalmente capazes de oferecer um estímulo mental ao homem. O desafio mental tem muito mais a ver com a atitude do que com a conversa. Geralmente, a mulher que se faz respeitar e que demonstra não ter medo de viver sozinha constitui um desafio mental muito mais instigante. A boazinha comete o erro de estar sempre disponível. “Não gosto de joguinhos”, explica. Assim, ela permite que seu parceiro veja quanto teme perdê-lo, demonstrando claramente que ele tem total domínio sobre ela. Em geral, é nesse momento que a mulher começa a reclamar: “Ele nunca tem tempo para mim. Ele não é mais tão romântico quanto antes.” A mulher poderosa está disponível algumas vezes, mas outras não. Porém ela é amável o suficiente para levar em consideração as preferências do namorado quanto ao dia em que ele gostaria de vê-la, de forma que ela possa, às vezes, adaptar seus planos aos desejos dele. A conseqüência disso? Um relacionamento em que ninguém domina ninguém. E a mulher que larga tudo o que está fazendo, a qualquer hora do dia ou da noite, para ir ao encontro de um homem? Ele sabe que a controla completamente. Por isso, depois de um tempo, o sujeito passa a sair com os amigos e só telefona à meia-noite, pois sabe que ela virá quando ele quiser. Quando a mulher recebe o telefonema de um homem no meio da noite, pega o carro e sai correndo para encontrá-lo, a única coisa que está faltando é uma placa luminosa no teto do carro com a inscrição: ENTREGA EM DOMICÍLIO.



- Por que os homens amam as mulheres poderosas?



Sherry Argov

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Saudade

"(...)É uma coisa que me dói muito, esses seus silêncios. Sei, claro, que você deve ter problemas bastante sérios; Mas uma carta de vez em quando não custa nada. E às vezes quem sabe, talvez a gente pudesse ajudar. Penso, com mágoa, que o relacionamento da gente sempre foi unilateral. Sei lá, não quero ser injusto nem nada, apenas me ferem muito esses teus silêncios. A sensação que tenho é que você simplesmente não está muito afim. E cada vez que tomo a iniciativa de escrever é sempre meio tolhido, sem naturalidade, com medo de incomodar, de ser indesejável. Não é uma coisa agradável. Seja como for, continuo gostando de você da mesma forma. Você está quase sempre perto de mim, quase sempre presente em memórias, lembranças, estórias que conto às vezes, saudade. E se é verdade que o tempo não volta, também deveria ser verdade que os amigos não se perdem.
Substituímos expressões fatais como “não resistirei” por outras mais mansas, como “sei que vai passar”. Esse é o nosso jeito de continuar."

Caio F de Abreu

Contramão

"... Diminuir todos à sua volta, te fez maior? Essa sua solidão ridícula é o que você queria? O sonho da sua vida era passar o natal sozinho assistindo tv? Então, parabéns. Você cumpriu sua missão no mundo. Chegou a hora de você sumir de vez.

Eu não quero mais te ver
Por que voltou?
Mais mentiras pra contar
Cansei de te escutar
Não há nada que me prenda à você
Você sugou o melhor de mim
E vem pedir perdão
Você é vida
numa estrada em contramão."

( blog "http://notdelivered.blogspot.com/")

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Permissão

..."As atitudes que tomam com você, são aquelas que você permite que sejam tomadas."
E enquanto sua conduta assim for, não te permito mais em minha história. Mas te desejo felicidade, meu menino e quando essa confusão que te toma acabar, sua permissão em minha mente será retomada (mesmo que até lá você queira apenas minha amizade), falo da mente, porque meu coração é sua morada; Ali, mesmo que eu quisesse, não poderia te impedir de viver.
Que Deus te guarde.

Julieli Valente

domingo, 29 de agosto de 2010

Acenos

'' [...] Quem nos vê nos julga alheados. Quem já não nos escuta pensa que emudecemos para sempre, e a gente mesmo às vezes desconfia de que nunca mais será capaz de nada claro, alegre, feliz. Mas quem nos amou, se talvez nos amar ainda há de saber que se nossa essência é ambigüidade e mutação, este silencio é tanto uma máscara quanto foram, quem sabe, um dia os seus acenos.”

Lya Luft

Ilusão do apelo

"Peço que me desculpe por toda minha ausência, que se faria presença se tivesse me permitido, ao menos uma vez. Peço que me desculpe, por todas as palavras ditas, muitas vezes sem sentido - pra mim, que se tornou dor - pra você. Peço que não me olhes mais com aqueles olhos magoados, magoados das dores que causei, o tempo passa, as pessoas mudam, e eu mudei. Não pense que não me dói saber que te dói as palavras antigas, os atos antigos. O que te causou dor ontem me dói hoje, pois foi parte de mim, me envergonho de ter sido frio, aparentemente sem sentimento, mas sentimento tenho e muito, por dentro. Hoje vejo com teus olhos tudo que fiz, e o que não fiz, meus erros, vacilos e olhares não trocados, mas pensados no silêncio da noite com a cabeça encostada no travesseiro, que recebera por diversas vezes lágrimas tristes e verdadeiras. Menti quando a palavra ódio saiu da minha boca, jamais o senti, mas porque mesmo falei? Errei mais uma vez, e percebo que não é nada demais assumir isso, que chegar olhar nos teus olhos - difícil de se fazer algumas vezes - e dizer que jamais senti isso por você, não vai me fazer menor, mas sim crescer o ser que brota dentro de mim, e talvez de você. Possa ser que estas palavras não lhe sirvam de nada, que não diminua o que foi rasgado ai dentro, mas me amedronta pensar nessa possibilidade.. Desculpa, desculpa! Talvez seja a única palavra que possa te dizer neste momento, e é verdade. Sinto por ser deveras vezes confuso, egoísta, até infantil, assumo, e não há mal algum em assumir, não há, pra que temer? Se pelo menos pra mim o que importa é olhar a estrada logo a frente e dar o primeiro passo, sem pensar se ela é longa ou não, mas saber principalmente que é necessário percorrer seus caminhos. Presumo que nunca lhe disse palavras semelhantes a estas, ou metade delas, ou nenhuma delas, mas por diversas vezes me peguei com seu rosto em mente, e pensando no futuro, o que me reservaria, o que nos reservaria se de fato fosse pra nos encontrarmos mais uma vez; guardei esses pensamentos pra mim, num lugar bem guardado, pois não sabia ao certo o que significava, por medo. Mas quem sabe um dia estas palavras aqui escritas cheguem até você, quem sabe um dia eu perca a vergonha. Sei que chegarão. E talvez você sorria achando graça da minha confusão. Seria difícil e até impossível falar tudo isso olhando pra você. Seu olhar acaba desviando o meu, não sei ainda o porquê, mas estou aprendendo a lidar com ele. Quando penso no que escrever, lembro de você deitada em seu quarto, com um olhar meio tristonho, mas de uma menina que aprendeu com a vida, talvez de forma dura, mas aprendeu, e em parte me orgulho disso. Não me orgulho mais, pois sei que parte dessa dureza foi causada por mim, mas assim como você eu também aprendi, e amadureci muito mais do que antes julgava ser e não era. Hoje percebo isso. E amanhã vou perceber que hoje também não era. Engraçado esse vento chamado vida. Engraçado essa forma de amadurecer, de aprender, de sofrer, de viver.

''Te desejo uma fé enorme, em qualquer coisa, não importa o quê, como aquela fé que a gente teve um dia, me deseja também uma coisa bem bonita, uma coisa qualquer maravilhosa, que me faça acreditar em tudo de novo, que nos faça acreditar em tudo outra vez.'' - Caio F. Abreu

" Se quer saber minha opinião

nunca é tarde demais ou, cedo demais pra ser quem quiser ser. Não há limite de tempo. Comece quando você quiser. Você pode mudar ou ficar como está. Não há regras pra esse tipo de coisa. Podemos encarar a vida de forma positiva ou negativa. Espero que você encare de forma positiva. Espero que veja coisas que surpreendam você. Espero que sinta coisas que nunca sentiu antes. Espero que conheça pessoas com um ponto de vista diferente. Espero que tenha uma vida na qual se orgulhe, e se você descobrir que não tem... espero que tenha forças pra conseguir começar novamente."

(O curioso caso de benjamin botton)

Verbos

"Amar. Esse é o verbo mais conjugado!
Eu amo. Tu amas. Ele ama.
Conjugações: ar - er - ir.
Amar. Sofrer. Fugir.
Sumir. Vencer. Voltar.
Lutar. Poder. Unir.
Sentir. Viver. Sonhar.
Querer. Esse é o verbo mais importante!
Tudo provem dele.
É superior conjugá-lo!
Principalmente na primeira pessoa do singular: eu quero.
Mas o Ar é especial.
É um nível diferente.
Seja como conjugação ou único modo de sobrevivência!
Ar. Essencial.
Os outros tem a sua merecida importância:
Er? Te dar o poder da irônia.
Ir? Te dar o poder da liberdade.
Mas Ar, te dar o poder de existir! "

Laizza N. Pedroza

Quanto mais conheço o mundo...

"São poucas as pessoas de quem eu gosto realmente e mais restrito ainda o número daquelas de quem eu faço bom juízo. Quanto mais conheço o mundo, maior é meu descontentamento por ele; e cada dia confirma a minha crença na inconsistência de todos os carateres humanos e na pouca confiança suscetível de ser depositada na aparência tanto do mérito quanto do bom senso."

Laizza N Pedroza
(orgulho e preconceito)

Partir

"Deixa que vá. Para longe. Ou para perto, talvez. Mas deixa que vá. Sem sentir, sem perguntar. Porque? Apenas deixa que vá. E voce segue junto. Uma outra estrada. Um outro caminho. Mais cansativo, apelativo. Com muito mais pedras e degraus. Mas vá. Voce vai, sem se perguntar porque. Voce apenas vai. Sem olhar pros lados. Você vai. Sem parar para descansar, ou saciar a sede. Voce vai. Você nao sente nada. Frio. Calor. Vento. Nao sente a chuva que te faz tropeçar e retroçeder. Você apenas levanta e recomeça tudo outra vez. Você vai. Sem saber onde dará aquela estrada. Você apenas vai. E sorri, nao porque conseguiu seguir só. Mas porque aquela tragetória cabia apenas um. Você."

Laizza N Pedroza

In memorian

"Não é que eu não possa pensar em você

Mas cada vez que eu faço isso um traço de esperança morre em mim

É como um corte a faca que dói em todas as minhas entranhas

A cada vez que eu lembro dos seus sorrisos e do seu jeito de cuidar de mim

Ou das suas sempre manias de me mimar, mesmo quando eu não merecia...

São esses detalhes e todos os outros que compõe e formam a vida entre duas pessoas

E quando eles não existem mais é como se nós tivéssemos perdido um pouco da própria vida

E tua ausência em mim é assim...
Trescala a todo e qualquer momento pequeno e insignificante..."

[in memoriam]

Aline d'Able

Hoje eu chorei

"Hoje foi o primeiro dia que chorei após ele ter ido. Hoje senti falta dele. Não sei se por costume de tê-lo sempre perto. Mas meu corpo chamava o dele, enquanto estava deitada naquela cama, que por tanto tempo esteve cheia. Cheia de vida. Cheia da gente. E hoje eu me deparei apenas com um corpo. O meu. Que continuava chamando o dele. E nesses chamados, percebi que o corpo de algum outro poderia saciar os prazeres da carne. Mas não saciaria o prazer da minha alma. Que estava ligada a dele, por muito tempo.
Ele lá, e eu cá. Pensando em mim? Talvez. Escrevendo pra ele? Mais uma vez.
Seria eu tão exigente assim? A ponto de não aprender a conviver com suas manias e loucuras? Mas tanto tempo se passou, e isso persistiu. E por diversas vezes tentei arrumar a casa, mas esquecia de fechar as portas e janelas para que o vento não entrasse e bagunçasse tudo. É, eu esqueci.
Mas qual será o propósito disso tudo, meu Deus? Qual? Mostre-o logo. Não agüento esperar. Me conformar fechando os olhos. Fechando os olhos para o que está a minha frente. E eu não quis enxergar. Fechei os olhos. Talvez eles de fato devessem ficar fechados. O que deveria abrir era o coração. Deixando o vento bater, arrancar as cortinas e portas. E junto com ela, entrar a poeira. Poeira do tempo. Do nosso tempo. Tempo. Muito nosso.
E o que ficou? Você lá, e eu cá. E essa saudade que aparece só depois de um tempo. Antes de dois em dois dias. Depois de cinco em cinto. Dez em dez. E agora de quinze em quinze.
Tempo! Sopra teu vento aqui dentro. Fazendo com que a saudade venha de ano em ano. Como uma saudade boa de sentir. Como uma lembrança. De um tempo que foi nosso. E agora não mais.
‘’Deixe estar, que o que for pra ser, vigora.’’ Que vigore nossa paciência. Nossa calma. Nossos sorrisos, mesmo distantes. Que vigore sempre o amor que carregamos aqui dentro. Adormecido algumas vezes. Mas que em algum tempo, despertará. E sorriremos de novo. Mas continuaremos sentindo saudade.
Você é a saudade boa que eu gosto de ter. Você foi àquela paciência. De amar por mim e por você. Você foi aquele silencio que por diversas vezes quis dizer tudo. Foi aquela brincadeira querendo acalmar a dor. Foi aquele coração que me amou, e amou. Mesmo eu duvidando que ele batesse. Você foi.
Hoje foi o primeiro dia que chorei após ele ter ido. "

Laizza N Pedroza

Sem amor

"-Eu te amo. – ela sorriu, tímida. -Você me ama?
-Não. - respondeu ele sorrindo - Todos os que amo vão embora. Eu não suportaria te ver partir. "

Caio F de Abreu

sábado, 21 de agosto de 2010

O último final

Se pudesse dividir sua vida em fatias qual o tamanho que o passado ocuparia neste bolo imaginário? Alguma vez já teve a sensação de não ver o presente acontecer por pensar demais no que já passou? Passou somente no tempo cronológico, mas as sensações ainda estão todas aqui. O quanto você é capaz de superar suas dores e suas perdas? Consegue enxergar quando chega esse momento, de ir para o outro lado e começar a viver realmente sem um peso nos ombros?

Luísa acordava todos os dias desejando que Roberto deixasse de vez seus pensamentos. Mas teimava em acreditar que estavam conectados por alguma frequência e que existia uma comunicação silenciosa entre eles. Preferia pensar assim do que aceitar a ideia de tudo ter sido nada, de toda a intensidade não ter passado de um entusiasmo apenas dela. Somos mestres em criar situações que somente nós enxergamos. Nos forçamos a encaixar a pessoa que está ao nosso lado nas nossas ambições. Imploramos para que aquele que divide a cama com você se encaixe na sua lordose e ofereça o ombro como travesseiro.

Já não sabia em qual dos dois pensava mais, se em Roberto ou se em Eliane. Tinha pensamentos absurdos com os dois, a ponto de querer estar entre eles, sendo ouvida e recebendo afeto. Todos os seus sentimentos estavam assim, completamente irracionais, sem parâmetros, alternados, inconstantes. Loucura deve ser isso. Tinha pena de Eliane e sabia que ela viveria tudo ou talvez pior do que ela viveu. E riu ao mesmo tempo. Pensou novamente em dedicar a crônica da próxima semana para ela.

“Ele não é fiel a você, mantive encontros com ele enquanto você estava trabalhando. Fui na sua casa, vi suas fotos, vi suas coisas, vi o quanto ele esta moldando você da mesma forma como fez comigo. Mas não julgue como traição. Ainda faço parte dele e você sabe disso. Estou mais presente do que ele próprio na sua vida. Assim como você está na minha. E isso me permite entender o que ele tanto gostou em você. Você topou o teatro.

Ele se faz de vítima e você diz o que ele quer ouvir. Ele se diz fraco e você retruca: você é forte. Ele se julga mau e você desfaz dizendo o quanto ele é bom. É uma boa maneira de tirá-lo do poço em que ele mesmo se jogou. Só que um dia a temporada de shows acaba. Você vai tirar a máscara e vai se tocar que nada do que você falou fez ele mudar ou melhorar. A peça é mesma e quem escreve é ele. Eu estou me livrando de vocês. Ainda vejo tudo de camarote e torço para que realmente alguma coisa nessa história toda tenha um final diferente. Quanto a você, aproveite. Se quiser saber o final da história, sabe onde me encontrar.”

Ao terminar o texto, Luíza nem mesmo o revisou. Clicou em enviar antes que se arrependesse. Quando a coluna foi publicada, ela leu linha por linha, tensa, com receio de se arrepender. Mas ao final, como que uma redenção merecida, mas tão inesperada, como achar dinheiro no bolso, ela sentiu-se arrebatada por uma sensação de liberdade. Noites de choro, fobias, planos maquiavélicos, tudo enfim foi substituído por um sentimento sorrateiro, mas muito bem-vindo.

Conseguiu ler sem sofrer, sem sentir o refluxo que trazia a história de volta ao esôfago. Porque aquela não era mais sua história. Era a história de duas pessoas, felizes ou não, loucas ou não, que se amam ou não, mas certamente fadadas à repetição e à mediocridade. Como é que algo assim levou anos pra parecer tão óbvio? Ver a situação do alto, como leitora e espectadora, deixou claro que não era mais preciso se vingar. Que a maior vingança não viria dela. Viria deles mesmos. Da convivência, da rotina, do peso do dia a dia, que fatalmente acabaria por consumir aqueles dois. Tantos planos de sangue, de escândalos e a vingança maior estava ali o tempo todo: condenar um ao outro. Nada que ela pensasse poderia ter sido mais cruel do que isso.

(Retirado do blog ' redatoras de merda')

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Sim

Nosso amor, contaminado de eternidade. (Fernando Pessoa)

Por que demoraste tanto a voltar, moço? Sem interpretações, as palavras são todas tuas. Se foram elas que te levaram, que sejam elas que te recebam. Isso é mais que um texto. É um clichê, cheio de exageros. Quebro o silêncio de anos, ‘cada coisa tem sua hora e cada hora seu cuidado’. Procuro ainda meios de preencher os espaços deixados por ti. Guardo ainda os segredos que não te contei. Guardo a importância de tua presença e o quanto de falta ela me fez. E embora eu tenha ficado sem saber onde colocar as mãos sem você, no teu retorno não tive dúvidas, meu abraço parecia te esperar a despeito do passado. Tu voltas e traz contigo as emoções todas. Assustei-me. Olhei bem. Quão suave foi reconhecer: finalmente tudo mudou, ainda bem não mudou nada! E tu, mesmo sem consentimento, foste retomando um espaço dentro de mim, com teu amor exagerado e tua disposição tão bonita. O que ficou nos deu ainda um lugar de repouso, de alívio, de porto e de partida. Obrigada pelos confetes em formas gentis de amor. Pelas declarações – silenciosas – de amor. Por todas as cores divertidas do teu verso de amor e pelo carinho que, depois de tanto tempo, derrama-se em delicadas formas. Tua pressa de ser meu me faz crer que eternidade é um dia de cada vez. Quero mais da gente, quero tuas soluções simples, tua certeza sem promessas. Quero o passado no lugar certo, quero um presente sem culpas e sem dor. Repito baixo pelos cantos que te amo, torcendo para que sintas. Anseio mais coincidências, mais respostas, outras formas de amar. Quero paz diante da possibilidade de dar a mão a alguém sem perder a liberdade. Quero até quando tiver de ser. Aproveito teu ombro como travesseiro e tua cumplicidade de companhia. Ofereço o coração como abrigo e as coisas mais simples que um amor amigo pode trazer. Faço rimas de minha saudade. E assim caminho: com você em mim. Isso é mais que um texto. É um clichê, cheio de vontade. E é o meu sim.


(Retirado do blog " euamaria" )

Livre

Tu és livre, repeti. E se repeti incontáveis vezes foi desejando incontáveis vezes que compreendesses. Mas tu não compreendes. Não consegues acreditar que assim o amo mais e não é por não esperar nada de ti, é antes por esperar a tua verdade. Porque quando o fiz livre, quis demonstrar meu afeto da forma mais legítima possível. Quis que percebesses o quanto me era caro tua satisfação de fazer somente o que te deixa alegre. Quis que soubesses que tua atenção só me serve se for real. E que se daqui a trinta anos fores comprar pão quero ter a certeza que voltaste por vontade própria. Não o deixei livre por falta de importância, deixei antes por te saber inteiro. Tirei de ti o poder de magoar-me. Não limitei teus passos, não fiz condições. Tu tinhas, assim, espaço ilimitado para voar. E para voltar. Gosto de pensar que pessoas livres e inteiras se amam melhor. Não quero tua metade, nem te dou a minha. Mas aceito tua companhia inteira e te outra companhia completa. Se o deixo livre, faço de cada retorno teu uma alegria nova. E ofereço a cada regresso, a minha liberdade toda.

( Retirado do blog: " euamaria" )

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Agora que tu vais outra vez

'...o que resta é a sensação da tua caricia no meu rosto cheio me memórias tuas. Quando me olho no espelho é de ti que eu me recordo. Fica a minha cama marcada pelo teu corpo, as paredes do meu quarto ecoando a tua voz e a minha expectativa inocente de que a qualquer momento o interfone vai soar e vai ser você dizendo que não precisas mais ter que me deixar aqui. De que vai ser você lá embaixo dizendo pra eu descer correndo, só com a roupa que levo no corpo, e que o necessário não são as coisas que eu poderia querer guardar numa maleta, que já basta a nossa vontade somada de estar juntos ate que a vida seja fim. Mas não é assim. Hay que tener paciencia, cariño, e não saltar as etapas. É preciso seguir lutando e acreditando que esse é o preço que há de ser pago pela tranqüilidade que está a caminho.

O tempo para aqui. Agora que tuas malas estão feitas, e Madrid te espera outra vez.
Te espero.'

( Dani Cabrera - do blog: do amor que sinto)

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Lembrei de você

"... dentro daquela saudade que não ia embora por mais que o tempo passasse e dentro dele, mesmo sem lembrar, apenas agindo, todos os dias eu acordava e tomava banho, escovava os dentes e fazia todas essas coisas rotineiras, igual a alguém que aos trancos, mecanicamente, continua a viver mesmo depois de ter perdido uma perna ou um braço que, embora ausentes, ainda doem - sem poder evitar, inesperadamente, sem querer evitar, outra vez lembrei de você."

C.F.A.

Ferida antiga

"Menos pela cicatriz deixada, uma ferida antiga mede-se mais exatamente pela dor que provocou, e para sempre perdeu-se no momento em que cessou de doer, embora lateje louca nos dias de chuva".

C.F.A.

Diálogo

'- O que deu em você? Você esta muito carente.
- É acho que estou um pouco sim.
Como você mesma disse muitas vezes, é o hábito de ser amado.
- Mas também precisa ter o hábito de amar
- Você acha mesmo que eu nunca amei?
- Talvez tenha amado pouco a quem te amou muito
- É...tem razão. Eu tranquei meu coraçao por defesa, e acabei magoando muitas pessoas que eu não podia magoar
- Se você precisasse de uma mulher que te amasse, apenas que te amasse, acho que não seria difícil. Mas você precisa mais do que isso.
Você precisa de uma muher que te ame e te perdoe, que viva te amando e te perdoando o tempo todo. Isso é mais difícil de encontrar.'

(Texto de Manoel Carlos, novela 'Viver a vida')

terça-feira, 20 de julho de 2010

Canalha ou cafajeste?

'Muitas mulheres confundem um homem canalha de um homem cafajeste . Por isso resolvi colocar uma lista de diferenças entre os dois seres:

1-) O canalha transa com uma garota e sai contando pra todos os seus amigos pra tirar vantagem e descarta ela da sua lista. O cafajeste transa, conta só pra seus amigos mais chegados, mas mantém contato com a garota. Afinal ele pode precisar dos seus favores quando tiver na seca.

2-) O canalha sai beijando todas que ve pela frente na balada. É muito legal ficar disputando com os amigos quem beija mais (afinal seu cérebro parou de se desenvolver aos 14 anos de idade). O cafajeste escolhe uma só, a mais interessante. Fica com ela a noite toda, troca até contatos, por que se não sair do lugar pra transar com ela, vai transar num outro dia.

3-) O canalha não sabe tratar bem uma mulher. É grosso, mal-educado, destrata pessoas humildes ou empregados como prova de superioridade. O cafajeste sabe quando e que intensidade agradar. Compra chocolate, bichinhos-bonitinhos-de-pelúcia e leva a restaurantes finos, com o único objetivo de fazer a mulher se sentir valorizada e assim alcançar seu objetivo, sexo.

4-) O canalha é burro. Seu senso crítico limita-se a análise do gol mais bonito da semana ou de qual a mais gostosa do Big Brother. O cafajeste sabe se virar em qualquer assunto, se é necessário discutir sobre a moda da estação na frente de mulheres ele vira um estilista, se a garota é fã de Chopin ele se torna um frequentador de concertos, etc

5-) O canalha adora aparecer. Estufa o peito na frente das mulheres, faz piadas prontas, é o amigão de todo mundo e só sabe contar vantagem. O cafajeste não precisa de auto-promoção, o boca a boca é feito pelas próprias pessoas que estão ao seu redor. Ele se adapta ao ambiente mudando sua personalidade de acordo com a ocasião. Ou seja, um é pavão o outro camaleão.

6-) O canalha mente. O cafajeste omite.

7-) O canalha não sabe elogiar (ou xavecar, como se diz em sampa). Quando o faz é tão ruim que se torna uma cantada de pião, “uau, que gata!”, “que delicia”, “o la em casa”. O cafajeste sabe elogiar os pontos-chaves da mulher, “nossa, lindo o seu cabelo”, “que sorriso”, “você emagreceu?”.

8 -) O canalha não sabe cuidar de mais de uma mulher. Acaba confundindo nomes, esquece de ligar pra uma, dá mais atenção pra outra, deixa pistas, etc. O cafajeste sabe tratar todas por igual, quando não está afim de sair com uma ele liga ou manda um sms “bonitinho” pra não perder contato. E mesmo que a mulher saiba que ele é um cafajeste, ele a faz crer que é especial e que pode rolar algo sério.

9-) O canalha deixa pista. Seu scrapbook é lotado de recadinhos de mulheres, no subtitle do seu msn ele cita nomes de mulheres, seu celular está cheio de mensagens comprometedoras e sua mãe sempre entrega o jogo (“o x saiu com uma amiga”). O cafajeste apaga todas as pistas, seu scrapbook é apagado diariamente, o msn tem nicks abrangentes que podem ser adaptados pra qualquer uma (“Que saudades de você”), o celular nunca tem mensagens, e sua mãe é grande aliada pois ele sempre diz pra ela que foi na casa de um amigo.

10-) Canalha é substantivo, cafajeste adjetivo.'


(blog manual do cafajeste)

Traição: Inevitável ou não?

'Bom, tai uma coisa que eu penso sempre. O que leva um cara ou uma mulher a trair seu parceiro(a)? Será um relacionamento desgastado? Influência dos amigos? Pura safadeza? Troco?

A primeira justificativa não se mantém. Porra, se um não sente mais tesão pelo outro, se o parceiro(a) virou amigo ou só brigam, por que não terminar?! Ok, “tenho medo de perder um pessoa que eu confio e acho que ainda gosto”, então pra que trair? Ora, pede um tempo, e ai sim procura outras pessoas. Mas, não desrespeite alguém que já foi importante na sua vida.

Influência de amigos é uma das principais causas das traições masculinas. Isso eu não sei explicar, mas álcool + amigos solteiros + mulheres bonitas X namorada ausente = pulada de cerca. Portanto, por mais que você confie no seu rolo, namorado, etc fica sempre de olho quando esse tipo de combinação for acontecer. O velho truque de amigas detetives ajuda muito.

A terceira justificativa é a que mais abomino. Uma pessoa que trai por natureza só por que não consegue se manter com uma pessoa só, não é somente safada, mas é sem moral. Será tão difícil ficar solteiro(a) e comer (dar) pra todo mundo? Tem que fazer alguém de bobo? Só pra ter uma transa “segura”?

A quarta é a única defensável. Mas, ela deve ser usada de forma estratégica. Seu namorado te chifrou? Não chora na frente dele, nem dá xilique! Fica com um conhecido dele, é a melhor resposta.

Eu, como um bom cafajeste, já fui coadjuvante na traição alheia, mas nunca trai. Por que se eu gosto da pessoa com quem estou, vou querer ficar só com ela, afinal ela me satisfaz. Acho que é por isso que meus namoros duraram só 3 meses =/

Agora o mais importante, se o carinha que você conhece já traiu alguém, cuidado. A chance de fazer o mesmo com você é bem grande (senão inevitável).'

( Blog manual do cafajeste ( para mulheres))

Terminando com a namorada

'Semana passada estava em um barzinho com dois colegas de trabalho e no meio da conversa surgiu o assunto “como terminar com a namorada”. Calma, não fui eu quem iniciou o assunto. É que um deles está de saco cheio da namorada e cada dia vem com uma história diferente de putaria que fez com alguma garota x por ai. O outro companheiro de mesa já tinha passado pela mesma situação e contribuiu para que eu me desse conta de um tema que nunca fez parte da minha realidade.

Nunca fez parte porque meus namoros duraram no máximo 4 meses. Quando começava a encher o saco era simplesmente “não dá mais, abraço” e dia seguinte estava tranquilão na balada. Só que quando o tempo junto com uma pessoa entra no período de anos, ai complica. Você cria um hábito, um vínculo que vai muito além do sexo e atração carnal, é meio que uma forte amizade. Complicado falar “acabou” e tocar a vida numa boa.

Esse meu amigo namora há 3 anos e me contou que desde o começo desse ano nunca havia traído a namorada. Não por falta de oportunidade, mas de vontade mesmo. Porém, no reveillon ele acabou traindo e esse foi o primeiro passo para muitas outras traições. Perguntei a ele qual tinha sido o motivo, ele deu algumas voltas, enrolou, e no final filosofou colocando a culpa no tempo que deixa as relações desgastadas e sem graça (se isso procedesse ninguém falaria com seus pais e odiaria seus irmãos). Não insisti.

Após o quarto chifre, ele ficou com pena, decidiu terminar e ai vocês conhecem bem o script. A garota chora, diz que mudará, que o ama muito e mimimi´s. O cara se vê numa situação constrangedora e maçante e acaba voltando. Ai passam quinze dias, surge uma nova gostosa na faculdade dando mole e o looping de traições retorna. Nesse momento os homens apertam o botão do “foda-se” e caem de vez na traição e passam a ser frios e destratar a namorada. Eles gostariam que nessa hora terminar fosse tão simples como o jogo “Imagem e ação”, o cara dá as dicas, faz macacadas, a garota adivinha e ai termina. Mas a vida não é tão simples.

A coitadinha tenta realmente mudar como se de fato ela sempre fosse a responsável pelo desencanto. Passa a ser mais flexível, deixa o cara mais “solto” e se dedica a agradá-lo, enfim, vira uma tonta sem personalidade. Não há muito que fazer. O cara já está em outra e vai enrola-lá e sacanea-lá até ela abrir o olho, decidir recuperar o amor próprio e tomar uma atitude.

Só que boa parte das mulheres apaixonadas é boba. A garota quando finalmente consegue terminar ainda dá umas recaídas. Um belo dia o cara está na seca, não tem opções na geladeira e quem vai procurar? A boba apaixonada para petiscar. Ela fica toda feliz achando que voltaram, mas ele volta para o looping de traições e assim segue o ciclo.

No meu ponto de vista, brigas e desentendimentos sempre vão existir em um relacionamento. As vezes eles serão fraquinhos e as vezes pesados. O problema é eles se tornarem constantes. Como homem não suporta DR e dramas, quando eles começarem a ser recorrentes ou ele vai pular fora, ou vai fazer com que você termine, ou sua cabeça vai coçar.'


(Retirado do Blog Manual do cafajeste)

sábado, 17 de julho de 2010

Um Pequeno Imprevisto

'Eu quis querer o que o vento não leva
Pra que o vento só levasse o que eu não quero
Eu quis amar o que o tempo não muda
Pra que quem eu amo não mudasse nunca

Eu quis prever o futuro, consertar o passado
Calculando os riscos
Bem devagar, ponderado
Perfeitamente equilibrado

Até que num dia qualquer
Eu vi que alguma coisa mudara
Trocaram os nomes das ruas
E as pessoas tinham outras caras
No céu havia nove luas
E nunca mais encontrei minha casa...'


(Paralamas do sucesso)

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Leis de Murphy atualizadas

A. Nada é tão fácil quanto parece, nem tão difícil quanto a explicação do manual.

B. Tudo leva mais tempo, do que todo o tempo que você tem disponível.

C. O modo mais rápido de se encontrar uma coisa, é procurar outra.

D. Você sempre encontra, aquilo que não está procurando.

E. Quando te ligam: Se você tem caneta, não tem papel. Se tiver papel, não tem caneta. Se tiver ambos, ninguém liga.

F. Qualquer esforço para se agarrar um objeto em queda, provocará mais destruição do que se deixássemos o objeto cair naturalmente.

G. Se você consegue manter a cabeça enquanto em sua volta todos estão perdendo a deles, provavelmente você não entende a gravidade da situação.

H. Só sabe a profundidade da poça, quem cai nela.

I. Especialista é aquele cara que sabe cada vez mais, sobre cada vez menos.

J. Superespecialista é aquele que sabe absolutamente tudo, sobre absolutamente nada.

K. Guia prático para a ciência moderna: Se mexer pertence à biologia. Se feder pertence à química. Se não funciona pertence à física. Se ninguém entende é matemática. Se não faz sentido é economia ou psicologia.

L. Se o curso que você mais desejava fazer só tem 'n' vagas, pode ter certeza de que você será o aluno 'n' + 1 a tentar se matricular.

M. Oitenta por cento do exame final da sua faculdade será baseado na única aula que você perdeu, baseada no único livro que você não leu.

N. Cada professor parte do pressuposto de que você não tem mais o que fazer senão estudar a matéria dele.

O. A citação mais valiosa para a sua redação, será aquela o nome de cujo autor você não consegue lembrar .

P. Se estiver escrito 'Tamanho único' é porque não serve em ninguém.

Q. Todo corpo mergulhado numa banheira faz tocar o telefone.

R. A probabilidade de o pão cair com o lado da manteiga virado para baixo, é proporcional ao valor do carpete.

S. O gato sempre cai em pé.

T. Não adianta amarrar o pão com manteiga nas costas do gato e o jogar no carpete. Provavelmente o gato comerá o pão antes de cair... Em pé.

U. A fila ao lado, sempre anda mais rápido.

V. Existem dois tipos de esparadrapo: o que não gruda e o que não sai.

W. Na guerra, o inimigo ataca em duas ocasiões: quando ele está preparado, e quando você não está.

X. Toda partícula que voa sempre encontra um olho aberto.

Y. Por que será que números errados nunca estão ocupados?

Z. Quando você está trabalhando em algo realmente importante, ninguém está prestando atenção em você. Mas é só você acessar a Internet, ou dar uma olhada em seus e-mails que certamente até o seu chefe entrará em sua sala.... e vai achar que você não tem nada para fazer.

(autor desconhecido)

Sem título

Faz tempo que me perdi de você, amor
Que esqueci seu nome, seu beijo
O tom agudo da sua voz.
Suas mazelas, suas canduras.
Fui ali e não voltei
Ou se voltei, não pude ficar.
Não havemos de estar.
Abri uma janela e fugi,
Eu queria era morrer
Mas aconteceu: voei.
E fui voando, voando.
Viciei.

A casa que era nossa, só sua
O amor que era seu, só meu.
A porta da sala, a porta da rua.
Parti. Não resisti.
Não devia, mas eu disse até logo
Uma, duas, tantas vezes
Eu disse até logo.
Você entendeu adeus.

Dessa vez não vou voltar
Não vou lhe ver
Não vou me machucar.
O mundo é grande, eu sei
As paixões parcas
As desilusões doridas
Mas o que você evita por precaução
Eu busco. A dor é também vida.

Aqui, ali, acolá.No vôo, no mar.
Do outro lado da ponte,
Do outro lado do mundo.

Faz tempo que eu lhe perdi, amor
Mas eu tentei, não me arrependo.

Pobre de você que nunca me encontrou.


Ana Paula Mangeon

AS ETAPAS DO (DES) AMOR

Dizem por aí que após terminar um relacionamento é preciso passar um tempo sozinho, consigo mesmo. Reza a lenda que emendar um namoro atrás do outro pode ser prejudicial à busca do próprio eu e que, pessoas que não seguem esta cartilha, estão fadadas a frustrações de ordem amorosa, por transferir os problemas não resolvidos do caso anterior para o atual.

Segundo especialistas, a melhor coisa a fazer após um chute na bunda, é passar por 3 importantes etapas: Auto-Destruição, Balada Frenética e Reencontro.

Auto-Destruição
Aqui você precisa ir até o fundo do poço. Vale tomar um porre, ligar bêbado, chorar em público, invadir o email da pessoa amada, deletá-la do seu orkut, lista de spam, msn. Tudo isso na consciente (ou não) tentativa de extinguir qualquer possibilidade de retorno. Depois da fúria, você vai passar dias e noites chorando na cama, sem trabalhar, sem trocar o pijama, sem tomar banho. Vai se olhar no espelho com desgosto, recusar qualquer convite para sair e mudar de canal sempre que uma cena de sexo invadir sua televisão. Na rua, vai cuspir nos casais felizes.

Balada Frenética
Passada a fúria e a depressão, você aceita convites para sair. Melhor, você enche o saco de deus e o mundo para sair com você durante toda a semana, de segunda a segunda. Aqui nesse estágio você vai se ver numa mesa de bar com aquele conhecido distante que você nem ia muito com a cara, mas foi a única pessoa que topou tomar todas em plena segunda-feira chuvosa. Vai se ver dançando com estranhos e vai acordar ao lado de alguém que mal lembra o nome. Na rua, continua amaldiçoando os patéticos e inconvenientes casais felizes. Nesta fase existe um esforço sobre-humano para ser feliz. E se na auto-destruição você se afundava no chocolate, aqui você se matricula na academia. Está chegando a hora de voltar para o mercado de trabalho... mas não antes de passar pelo Reencontro.

Reencontro
Uma onda de calmaria invade o seu quarto junto com incensos e livros sobre espiritualidade. Aqui você tenta buscar o equilíbrio: pode ser que se matricule numa aula de yoga ou pare de fumar. Talvez você opte por cortar carne vermelha e comece a estudar sexo tântrico. O reencontro, portanto, é consigo mesmo. Chegou a hora de avaliar tudo o que viveu e se abrir para o novo. Na rua, na fila do cinema e no trânsito, continua xingando os casais felizes, porque casais felizes são sempre chatos, né?

Passadas as etapas, uma a uma, você procura e não encontra nenhum especialista. Por que o filho sem mãe que inventou estas regras casou e foi passar a lua de mel em Bora Bora. Ele também não te avisou que só as mulheres passam por tais etapas. E você nem de longe desconfiou, porque enquanto passava noites e mais noites desabafando com as amigas na mesa do bar, remoendo e remoendo o que passou vestida de luto, o seu ex já estava na cama com outra. É bem capaz dele já ter partido para a segunda aventura enquanto você mal entrava na terceira etapa.

(autor desconhecido)

domingo, 11 de julho de 2010

...

'Substituímos expressões fatais como “não resistirei” por outras mais mansas, como “sei que vai passar”. Esse é o nosso jeito de continuar.'

Caio F de Abreu

sábado, 3 de julho de 2010

Inevitável

'Inevitável te querer
Insuportável te perder
Incontrolável me conter,
cada vez que o meu coração te vê

Indecifrável teu poder
Inexplicável ter você

Insuportável te esquecer,
Depois de tudo tento te entender.

Gostar de você
É chover no molhado,
É campo minado
É perigo

Estar com você
É viajar até Marte,
É a melhor parte do amor
Que eu faço contigo

É que meu coração é só seu
Sei que agora já ta tudo bem,
Se eu chamar você vem


É que meu coração é tão seu
E não quer saber de mais ninguém

Nosso amor é nota cem'

terça-feira, 29 de junho de 2010

Amor em minúscula

'Uma pessoa faz um pequeno gesto bondoso e isso desata uma cadeia de acontecimentos que lhe devolvem um amor multiplicado. Ao final, embora você queira voltar ao ponto de partida, não é mais possível, porque o amor em minúscula apagou qualquer caminho de volta ao que existira antes.'

Amor Em Minúscula - Francesc Miralles

Pensar

"Eu não quero pensar no que virá: quero pensar no que é. Agora. No que está sendo. Pensar no que ainda não veio é fugir, buscar apoio em coisas externas a mim, de cuja consistência não posso duvidar porque não a conheço. Pensar no que está sendo, ou antes, não, não pensar, mas enfrentar e penetrar no que está sendo é coragem. Pensar é ainda fuga: aprender subjetivamente a realidade de maneira a não assustar. Entrar nela significa viver."


- Caio Fernando Abreu.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

terça-feira, 22 de junho de 2010

Certas noites...

"Certas noites, sozinho, ele pensa nela.
E certas noites, sozinha, ela pensa nele.
Certas noites, isso acontece ao mesmo tempo, e eles se relacionam sem saber"

Garota da Vitrine

Que...

"Que comece agora. E que seja permanente essa vontade de ir além daquilo que me espera. E que eu espero também. Uma vontade de ser. Àquela, que nasceu comigo e que me arrasta até a borda pra ver as flores que deixei de rastro pelo caminho. Que me dê cadência das atitudes na hora de agir. Que eu saiba puxar lá do fundo do baú, o jeito de sorrir pros nãos da vida. Que as perdas sejam medidas em milímetros e que todo ganho não possa ser medido por fita métrica nem contado em reais. Que minha bolsa esteja cheia de papéis coloridos e desenhados à giz de cera pelo anjo que mora comigo. Que as relações criadas sejam honestamente mantidas e seladas com abraços longos. Que eu possa também abrir espaço pra cultivar a todo instante as sementes do bem e da felicidade de quem não importa quem seja ou do mal que tenha feito para mim. Que a vida me ensine a amar cada vez mais, de um jeito mais leve. Que o respeito comigo mesma seja sempre obedecido com a paz de quem está se encontrando e se conhecendo com um coração maior. Um encontro com a vontade de paz e o desejo de viver."

(autor desconhecido)

Homem perfeito

'Sabe, eu pensava que quando encontrasse o homem perfeito, depois de todas essas cicatrizes, eu não sofreria mais por amor, afinal ele só me faria bem. Mas foi um erro pensar assim, porque você me faz tão bem que eu não consigo ser boa o suficiente pra você e isso me faz sofrer tanto quanto eu sofri por aqueles que não eram bons o suficiente pra mim.'

Amanda Teles

quarta-feira, 16 de junho de 2010

O único lugar pra sempre

'Ainda que sentir de verdade pareça uma outra vida, às vezes cansa viver dentro das coisas que invento. Com você, mesmo eu inventando tudo também, dá pra ter essa sensação de desordem, atropelamento, vida dizendo e não minha cabeça falastrona. Mesmo sendo ofensivo pra minha existência que pessoas como você existam. Mesmo que sua tristeza e preguiça e desistência mostrem pra minha frescura de sentidos como tudo pode ser amargo e pior: mostre que tudo sempre foi e eu é que, vai ver, sou forte ou abençoada demais pra não sucumbir. Mesmo que sua alegria nunca seja por mim. E que sua alegria torne, quando por mim, minha vida intolerável. Sua existência é um absurdo e isso é a maior verdade que me vem à mente quando penso em você ou estou ao seu lado.
Passamos a tarde juntos. Foi leve e eu estava quieta, coisa que nunca aconteceu nenhuma das vezes que saímos. Eu estava sempre histérica e hoje eu estava muito quieta, até demais. Talvez seja porque eu não tenho mais a euforia louca de ser amada. Eu piro quando alguém me ama e ao ver em você a calmaria dos vencedores corriqueiros, larguei o corpo. Acabou sendo boa, a sensação de tarde ordinária, encontro ordinário. Eu pude habitar o papel de amiga caminhando ao lado, uma forma de ouvir por perto sua respiração pigarrenta que amo como se fosse o único sopro saudável do mundo. Eu permaneci e isso foi diferente, triste, insuportável, mas possível. Como os mortos que ficam em qualquer lugar, até mesmo embaixo da terra. Morto não deseja e por isso mesmo permanece. Acho que seu desejo morreu e talvez o meu também, já que boa parte desse amor enorme que eu sentia e sinto por você, vinha e venha da minha alegria desmesurada em me sentir amada pelos meus próprios sonhos. Você encerrava em mim eu mesma e era uma loucura tudo, como eu sentia, como eu queria me vomitar e ensanguentar e explodir e rodopiar em mim até furar o chão como uma broca desgovernada e depois sair derrubando o mundo como o único pião que sabe a verdade e precisa chacoalhar seu entorno pra não enlouquecer sozinho. Era uma loucura tudo. Mas a morte, o fim, nós, andando calmos, ao lado um do outro, isso me permitiu estar de alguma forma sem querer habitar cada instante do estar e para isso me retirando o tempo todo. E isso pode ser viver mas viver é terrível. E antes, quando eu não sabia viver e me sentia amada, era ainda mais terrível. Daí que sobra essa sensação de uma solidão filha da puta mil vezes pois em nada dá pra ser com você. E tudo bem, não é você, nunca foi, mas escuta a maluquice: é que nada disso impede que eu sinta um amor absurdo por você.
Me peguei uma hora, olhando você, andar, tão feinho, seu ombro encolheu um pouco, cada dia que passa mais e mais é uma concha o que você se torna. Dessas que é mentira a pérola e o som do mar, mas eu os vejo, o tempo todo. Você andando desse seu jeito meio de louco, que chacoalha a cabeça. E se veste mal quando pouco se importa, eu sei, eu entendi. E a manga suja de café. A roupa bege da cor de tudo que é você. Você é tão errado e cheio de estragos. E me peguei olhando pra tudo isso e amando tanto, tanto, tanto. Como se nada mais no mundo fosse tão bonito ou correto ou mesmo perfeito porque perfeito é o que não tem mesmo cabimento. O resto nem existe porque vemos ou explicamos.
Na sua varanda sem céu, certa vez, você se sentou naquela cadeira sem fundo. Me colocou no seu colo e me deu o abraço que disparava corações em mim como se eu tivesse um em cada nó de veia. E me disse, com sua voz tão bonita, a mais bonita que eu já ouvi, que eu tinha subido todos os seus andares. Eu entendi que você era o homem da cobertura de aço e eu uma espécie rara de passarinho que tinha algum tipo de chave que se autodestruiria em poucos segundos. E eu entendi também que agora que tinha chegado ali, só me restava pular, já que ninguém aguenta o alto tão alto muito tempo. A vertigem que era o nosso amor. Minhas olheiras, meu cansaço, meus quarenta e dois quilos. Eu poderia morrer porque você tinha uma carninha mais mole atrás da sua orelha direita e isso me impossibilitava, dia após dia, que eu vivesse sem sentir você o tempo todo. Mas quem é mesmo que morre dessas coisas? Não, não podemos, com tanta coisa pra fazer, os meninos de dez a vinte dias, os bares, e almoços, o Pilates, a dança, os empregos, escrever, tudo isso que é minha vida antes e depois de você. Tudo isso que daqui a pouco, quando a sensação desgraçada de absurdo e solidão passar, tudo isso volta, se acomoda, a agenda mágica, o gostosinho no peito, esquecer você todo dia um pouco pra vida e todo dia muito pro dia. Mas agora, hoje, guarda isso, eu amo demais você. Por que escrevo? Porque é a minha vingança contra todas as palavras e sensações que morrem todos os dias mostrando pra gente que nada vale de nada. Toma esse texto, o único lugar seguro e eterno pra gente. '


Tati bernardi

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Bolo de chocolate

"Quando alguém não quer ficar com você, é preciso entender isso como uma opção e não como uma rejeição. As pessoas tem direito a escolhas, e isso é apenas um sinal de como elas estão naquele momento. Por exemplo, eu adoro bolo de chocolate. Vamos supor, então, que uma amiga prepare bolo de chocolate para mim, e na hora de servi-lo, eu diga: "Não obrigada, estou com uma indisposição que me tira a vontade de comer qualquer coisa". Ela se decepciona: "Puxa, fiz porque sei que você adora". Eu recuso não por achar que o bolo não esteja gostoso, mas porque, naquele momento, não quero comer bolo. Quando uma pessoa não quer ficar com outra, isso não significa que ela seja desinteressante...significa que, por algum motivo, essa pessoa não quer bolo de chocolate. O importante no amor é perceber que, quando o outro diz não, isso não significa que você está sendo rejeitado, nem que seu companheiro esta dizendo algo de você: ele esta dizendo algo de si mesmo!!!"


(autor desconhecido)

Falar em saudade

'Então ele veio me falar em saudade, e usou os superlativos que eu usava. Veio falar em saudade para mim que o esperei tanto enquanto ele se fechava em círculo como uma serpente que engoliu o próprio rabo; enquanto tecia em torno de si uma teia com fios de aço. Para esquecê-lo tive que parar de falar em víceras, em hormônios safados, em faíscas nos olhos, em estrelas no céu da boca.
Tive que silenciar até o oco do sentimento, da expectativa. E ele veio, depois de tanto tempo, me falar em saudade...
Não que tivesse sido fria a nossa história: ardia como bola de fogo, mas devastava nossas florestas internas, enquanto eu sonhava com águas litorâneas e uterinas.
Por diversos dias eu quis tê-lo e não o tive... Hoje eu quero da vida exatamente o que ela tem me dado: mesmo que isso inclua saudade e ausência.'

- Marla de Queiroz

Busca

(...)Eu corro em busca do sonho que eu já não sei se tenho porque talvez eu tenha perdido no meio do caminho enquanto corria atrás do improvável.
E é impossível não sonhar com as cerquinhas brancas, a casa de campo, os labradores e as crianças felizes; mas é perfeitamente fácil de entender que o meu mundo sem você não é ódio, mas definitivamente não é amor.

[Rani Ghazzaoui]

Se...

"Se Ana naquele instante olhasse fixamente para aquele homem, veria que, um dia, ele a faria sofrer. Da mesma maneira como fez com a jovem da praça da sua cidade. Mas ninguém congela um instante na memória tempo suficiente para compreendê-lo de fato. E o fato é que, brincando, Jaime avisou Ana que não pretendia se cansar por mais nenhum amor. Seus esforços nunca seriam grandes em função de nenhum sentimento, pois se acostumara a esquecer aquilo que amava, caso fosse muito custoso se lembrar."

Fernanda Young

quarta-feira, 9 de junho de 2010

E você o quê?

'Me dei ,me dei ...mudei.
E você, o quê?
Fiz tudo, te dei o meu mundo.
E você o quê?
Joguei, lutei, arrisquei, amei!
Gostei, um amor maior: impossível.
E você o quê?
Ultrapassei meu íntimo.
Fechei meus olhos, os olhos da alma.
Decidi ignorar meus padrões.
Ocultei minhas raivas, algumas vezes não deu, disfarcei meus ciúmes, amaciei minhas mágoas.
Sua voz me tranqüilizara, teu sexo me domava.
Fiz como pude e como não pude.
Do seu jeito fui levando, algumas vezes amor próprio me faltou, mas eu só queria seu amor.
Por inúmeras vezes te amava mais do que o tudo.
E pergunto: E você ? O quê ?
Armei sua lona, fiz seu circo , pintei seu mundo.
Fiz de você meu primeiro.
Usei suas cores, anulei as minhas.
Aceitei suas verdades intactas, anulei as minhas.
E você amor ? O quê ?
O quê você fez?
Despedacei meu ego, levantei nossa bandeira
Me julguei egoísta, fui contra a seu favor.
Chorei, chorei, chorei até faltar vazio em mim.
Fui no fundo, no profundo do meu âmago.
Pra merecer teus carinhos, teus gemidos, tua língua,
teu prazer, teu sorriso, tua atenção, teu apreço.Pra me sentir mulher, me fiz criança.
Fiz pirraça, cena, novela.
Decorei um texto pra nada dar errado.
Abri a mente, fiz preces, fantasiei um mundo.
Amei teu corpo, teu jeito, teu cheiro,tua sombra, abri meu peito acreditei na gente.
Desconfiei muito, mas confiei demais
E você amor? O quê ?
Ouviu minha canção?
Abriu o peito?
Falou "aquela" frase?
Fez planos pra mim?
Amou-me de verdade?
Pensou em mim?
No que construímos?
No que alcançamos?
Tudo um dia tem fim.
Tudo na vida tem volta.
Tranqüilo você pode ficar, riscos de amar sem ser amado, você não há de correr não.
Amor de verdade você não sabe diferenciar.
Dizer que vou ser feliz agora? Quem sabe?
Dizer que você vai se dar bem? Tomara!
Aprendizados são pra vida toda, mas amor unilateral na vida da gente uma só vez é suficiente.'

(Tati bernardi)

Tati Bernardi

'Um belo dia eu acordei tão bonita, tão feliz, tão realizada, tão mulher que eu acabei me tornando mulher demais para ele.
- De tudo que ele me deu, o melhor foi o pé na bunda.'

'Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende?'

"Teve aquela cena também. De quando eu fui te dar tchau só com a manta branca e o cabelo todo bagunçado. E você olhou do elevador e me perguntou: não to esquecendo nada? E eu quis gritar: tá, tá esquecendo de mim. E você depois perguntou: não tem nada meu aí? E eu quis gritar: tem, tem eu. Eu sempre fui sua. Eu já era sua antes mesmo de saber que você um dia não ia me querer."

(...) Posso te garantir que o verão solitário me deixou mais mulher, mais leve e mais bronzeada e que, depois de sofrer muito querendo uma pessoa perfeita e uma vida de cinema, eu só quero ser feliz de um jeito simples. Hoje o céu ficou bem nublado, mas depois abriu o maior sol."

'...por que raios toda vez que eu to me achando muuuuito foda, muuuito feliz e muuuito amando algo, algum merda vem e me lembra que eu não sou porra nenhuma? Heim, Deus? Deeee-us, to falando com vocêêê!'

(...) Os grandes amores são assim mesmo, eles nos dão o caminho da emoção, mas os sentimentos de verdade são apenas nossos, ninguém copia, ninguém leva, ninguém divide..."

"Estava ali, e nos somos assim mesmo, não damos o devido valor quando se tem
disponivel..
E agora longe, muitas vezes sem nenhum tipo de contato, é que vemos que um simples aperto de mão pode arrepiar ate o ultimo fio de cabelo...
Ontem sentia que faltava algo,hoje você é responsavel por uma dor que não é cruel, Mas machuca tanto...."

(...) Eu descobri que tentar não ser ingênua é a nossa maior ingenuidade, eu descobri que ser inteira não me dá medo porque ser inteira já é ser muito corajosa..."

(...) Me recordei rapidamente de todas as pessoas e coisas que perdi por ainda não estar preparada para elas, ou por ainda ter muita curiosidade de mundo e dificuldade em ser permanente...'

(...) Eu nunca vou entender porque a gente continua voltando pra casa querendo ser de alguém, ainda que a gente esteja um ao lado do outro. Eu nunca vou entender porque você é exatamente o que eu quero, eu sou exatamente o que você quer, mas as nossas exatidões não funcionam numa conta de mais...

... 'Se você não se importar, eu preferiria que você não escondesse o seu rosto. Eu já vivi sem ele pelo máximo de tempo que eu consigo agüentar."

(...) 'Mas to me divertindo, ué. Não é isso que mandam a gente fazer? Quando a gente chora e escreve aquele monte de poesia profunda. Quando a gente se apaixona e tudo mais e enche o saco dos amigos com aquela melação toda. Não fica todo mundo dizendo pra gente parar de tanto drama e se divertir? Poxa, tô só obedecendo todo mundo. Não é isso que todo mundo acha super divertido? Beber e dançar e chegar tarde e envelhecer e não sentir nada? Sabe Zé, no começo doeu não sentir nada. Mas eu consegui. Eu não sinto nada.'

Vai passar

"Vai passar,tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada¨impulso vital¨. Pois esse impulso ás vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como ¨estou contente outra vez¨... "

*"Ou talvez eu só precise de férias, um porre e um novo amor."

(Tati bernardi)

Limite

"Chorei por três horas, depois dormi dois dias.
Parece incrível ainda estar vivo quando já não se acredita em mais nada. Olhar, quando já não se acredita no que se vê. E não sentir dor nem medo porque atingiram seu limite"

Lixo e purpurina, Caio Fernando Abreu.

Cartada final

Quando damos a cartada final é porque não há mais nada a perder.

A gente já olhou por todos os ângulos, já fez os cálculos de todas as probabilidades disso dar certo e concluiu que não dá.

A gente vai sentir falta. O domingo à noite vai ser foda. Vai doer pensar que ele vai ser de outra. Mas tudo isso a gente já pensou antes. Nada disso vai ser mais foda do que continuar no relacionamento.

Relacionamentos são pra deixar a gente mais feliz.

*Se veio mais um pra ficar com a gente, é pra somar. Se ta dando dor de cabeça, se ta pesado, se ta sofrido, se ta fazendo mal, melhor sem ele.

Um namorado me disse, certa vez, que não estava feliz comigo. Achei justo que terminássemos. A última coisa que quero, no mundo, é fazer alguém infeliz.

Se já não é fácil agüentar a própria infelicidade. Agüentar a dos outros é quase impossível.

Lição

O que verdadeiramente importa, mexe. Nada de se culpar. Nada de culpar alguém. Apenas seguir em frente, procurando quem te tente. Te provoque, te emocione, te toque. É sempre bom pensar assim:Quem não se interessa não interessa. Sai depressa. Porque você não tem tempo a perder. A vida te oferece. Basta querer ver. Nada de se conformar.Tantas coisas ao seu redor. Mergulhe no que há de melhor. Mais ou menos é menos. Almeje o mais, o que te instiga ao infinito, o que te deixa quase sem ar, o que te faz sonhar,
*com muito mais, mais até do que se pode ver. O que te faz sentir menor é pouco demais pra você, pense sempre assim! Vá atrás do máximo. Não diminua as expectativas. Vá atrás do que te permite prospectar. Queira mais, sempre. E nunca pense que está querendo demais. Sinta orgulho de você...almejando sempre.

(tati bernardi)

A moça

Às vezes uma pessoa ou outra diz a ela que não se pode viver assim, fechando os olhos pras coisas à sua volta. Mas a moça, agora tão esperançosa, não só fecha os olhos como também, tapa os ouvidos.

Tantas pessoas passaram por ela, tanta coisa foi dita, tantas promessas que jamais foram cumpridas e ela fica pensando sozinha que, se ela já perdeu tanto tempo com sentimentos de papel, vale a pena - e muito - esperar por alguém que há tanto tempo faz parte da parte mais íntima da sua vida: o seu sonho de ser feliz.

(tati bernardi)

sábado, 5 de junho de 2010

Desassossegados

"Desassossegados amam com atropelo, cultivam fantasias irreais de amores sublimes, fartos e eternos, são sabidamente apressados, cheios de ânsias e desejos, amam muito mais do que necessitam e recebem menos amor do que planejavam.

Desassossegados pensam acordados e dormindo, pensam falando e escutando, pensam antes de concordar e, quando discordam, pensam que pensam melhor, e pensam com clareza uns dias e com a mente turva em outros, e pensam tanto que pensam que descansam."

(Martha Medeiros)

Alice

'A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu. (...) Receio que não possa me explicar, Dona Lagarta, porque é justamente aí que está o problema. Posso explicar uma porção de coisas mas não posso explicar a mim mesma.'



(Alice no País das Maravilhas)